Crescente demanda por
conhecimento científico e tecnológico no Ocidente estimula agências a fazerem
ponte entre profissionais russos e empresas estrangeiras. Embora os cientistas
ocidentais estejam acostumados a desenvolver ideias de olho no mercado, essa
mentalidade continua praticamente inexistente entre os russos criados na União
Soviética, e até mesmo entre alguns jovens cientistas. Entretanto, com a
crescente demanda pelos conhecimentos e aptidões de cientistas e tecnólogos
russos, esses profissionais vêm se tornando uma espécie de mercadoria. As
agências de transferência de tecnologia – organizações que fazem a ponte entre
os criadores e as empresas que precisam de suas ideias e produtos – estão
lucrando com o conhecimento científico dos russos. A transferência tecnológica
acontece de duas maneiras. Em alguns casos, as agências fazem uma solicitação
em nome de um cliente estrangeiro a um especialista com um certo conjunto de
habilidades ou a uma pessoa específica. As agências de transferência de tecnologia
– organizações que fazem a ponte entre os criadores e as empresas que precisam
de suas ideias e produtos – estão lucrando com o conhecimento científico dos
russos. A transferência tecnológica acontece de duas maneiras. Em alguns casos,
as agências fazem uma solicitação em nome de um cliente estrangeiro a um
especialista com um certo conjunto de habilidades ou a uma pessoa específica. Um
segundo caminho para ligar os cientistas àqueles que precisam de suas
habilidades é por meio de licenças sabáticas entre as universidades ou
corporações russas e instituições do exterior. Isso permite que jovens
especialistas trabalhem para parceiros estrangeiros por um período determinado.
O funcionário compartilha seu conhecimento e tem a chance de ganhar um salário
maior do que se estivesse trabalhando em casa. No momento, o setor de
construção civil domina esse tipo de transferência. “Empresas como a nossa têm
tecnologias exclusivas para construir as mais complexas estruturas”, disse Ilía
Rujanski, vice-diretora da Mostovik, uma grande companhia de projeto e
construção que opera na Sibéria e no Extremo Oriente russo. “No período
soviético, costumávamos estabelecer contratos na África e na Ásia, e a parceria
com o Ocidente era mínima; agora os profissionais formados pelo Instituto de
Arquitetura de Moscou que são capazes de projetar pontes de grande extensão
valem ouro. Eles podem concorrer a contratos anuais de até 200 mil dólares.”
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