30.3.2016 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de
Mello arquivou ontem (29) o habeas corpus em que a mulher e filha do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediam para não
serem julgadas pelo juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba. Na
decisão, Mello entendeu que não é possível derrubar a decisão de um colega da
Corte por meio de habeas corpus. No dia 15, o ministro Teori Zavascki, relator
da Operação Lava Jato no STF, atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República
(PGR) e desmembrou a investigação, deixando somente a parte do inquérito
referente ao presidente da Câmara no Supremo. De acordo com a denúncia
apresentada este mês contra o presidente da Câmara, Cláudia Cruz e Danielle
Cunha, que também são investigadas com o marido e pai no Supremo, foram beneficiadas
pelos recursos que estavam depositados em contas na Suíça atribuídas a Cunha.
Com a decisão, somente Cunha responderá às acusações no STF. Pela denúncia, US$ 165 mil foram encontrados em uma
conta na Suíça atribuída à mulher de Cunha. De acordo com as investigações,
parte do valor foi usada para pagar despesas do cartão de crédito de Danielle
Cunha.
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