quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O que é FPS? Faz diferença ver um filme em 48 FPS?

O olho humano e sua interface no cérebro, o sistema visual humano, pode processar 10-12 imagens separadas por segundo, percebendo-as individualmente, mas o limiar de percepção é mais complexo, com diferentes estímulos e limiares diferentes: a notável menor média perceptível de trechos escuros, como o brilho de um monitor de tubo de raios catódicos ou a lâmpada fluorescente, é de 16 milissegundos, enquanto único milissegundo de estímulo visual pode ter uma duração percebida entre 100ms e 400ms, devido à persistência da visão no córtex visual. Isto pode fazer com que as imagens percebidas neste período aparecerem como um estímulo, tal como um flash de luz verde imediatamente seguido por um flash de luz vermelha percebido como um único flash de luz amarela. A persistência de visão também podem criar um ilusão de continuidade, permitindo que uma seqüência de imagens estáticas deem a impressão de movimento. Os primeiros filmes mudos tinham uma taxa de quadros de 14-24 FPS, que foi o suficiente para dar a sensação de movimento, mas percebido como movimento espasmódico. Ao usar projetores com obturadores com lâminas duplas e triplas, a taxa foi multiplicada duas ou três vezes quando vista pelo público. Thomas Edison disse que 46 quadros por segundo era o mínimo. Uma quantia melhor cansaria os olhos. Em meados da década de 1920, a taxa de quadros para filmes mudos aumentou para cerca de 20 a 26 fps. Peter Jackson tenta estabelecer um novo padrão de quadros por segundo para a indústria cinematográfica com seu filme O Hobbit. Quando a película sólida foi introduzida em 1926, as variações na velocidade da película já não eram toleradas, já que o ouvido humano é mais sensível a alterações na frequência de áudio. De 1927 a 1930, a taxa de 24 FPS tornou-se padrão para filmes de 35 milímetros de som, a uma velocidade de 456 milímetros por segundo. Isso permitiu que simples sistemas de duas lâminas de obturadores dar uma série de imagens projetadas em 48 por segundo. Muitos modernos projetores de filmes 35 mm, usam três lâminas obturadoras para dar 72 imagens por segundo, cada frame aparecendo na tela três vezes. Na indústria cinematográfica, onde a película tradicional é usada, as filmagens padrão da indústria e formatos de projeção são 24 quadros por segundo. Historicamente, 25 fps foi utilizada em alguns países europeus. Filmar com uma velocidade de quadro menor criaria movimentos rápidos quando projetados, enquanto ao disparar a uma taxa de quadros mais alta do que 24 fps criaria uma câmera lenta quando projetadas. Com o filme O Hobbit, o diretor Peter Jackson fez uma experiência com câmeras 3D que filmavam a 48 frames por segundo, o dobro do atual. Em sua teoria, tal tecnologia possibilita que assistir o filme em 3D fatigue menos os olhos, ao utilizar uma tecnologias diferente do 3D passivo e óculos polarizados utilizado na maioria dos cinemas. Alguns cinemas brasileiros foram adaptados para a nova tecnologia. A impressão que fica é que as cenas se tornam reais demais e o 3D fica parecendo muito irreal muitas vezes, uma vez que os movimentos se dão mais suaves na tela. Mas o 3D fica realmente menos cansativo para os olhos, o que pode valer a experiência e tornar o hábito de assistir filmes com essa tecnologia uma boa tendência no mercado cinematográfico.

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