05.5.2016 - Um
capitão do Exército dos Estados Unidos processou o presidente do país, Barack
Obama, por estar imerso em uma guerra contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e
na Síria sem a autorização do Congresso, informou nesta quinta-feira a imprensa
americana.
O capitão Nathan Michael Smith, oficial de inteligência no
Kuwait, apresentou o processo na quarta-feira a um tribunal do Distrito de
Columbia, onde fica a capital americana.
Smith argumentou que a missão contra os jihadistas, que
está experimentando um maior envolvimento americano, não tem a autorização
requerida.
"Para honrar meu juramento (de fazer cumprir a
Constituição) solicito aos tribunais que peçam ao presidente obter a
autorização do Congresso, sob a Resolução de Poderes de Guerra, para declarar
guerra contra o EI no Iraque e na Síria", explica o texto do processo.
A guerra contra o EI dos EUA está acontecendo do ar, mas
também em terra no Iraque com o envio de assessores militares, que em muitos
casos trabalham nas linhas de frente de combate.
Esta semana aconteceu a morte do terceiro militar
americano na guerra contra o EI no Iraque.
Enquanto isso, os EUA continuam expandindo a presença de
membros das Operações Especiais no Iraque e na Síria, país onde Washington
tenta criar forças moderadas que desloquem os jihadistas.
O governo de Obama está utilizando o poder que o
Legislativo deu ao Executivo para lutar contra os responsáveis dos atentados do
dia 11 de setembro de 2001 contra os EUA, mas os críticos consideram que a Casa
Branca está extrapolando esse mandato.
Obama pediu um marco legal para ter autorização na guerra
contra o EI, mas o Congresso se negou, apesar de destinar fundos orçamentários
para essas operações.
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