31.3.2016 - Cairo,
31 mar (EFE).- Estados Unidos e Rússia chegaram a "um entendimento"
sobre o futuro do processo político na Síria, que inclui a saída do presidente
sírio, Bashar al Assad, para outro país, publicou nesta quinta-feira o jornal
saudita internacional "Al-Hayat". Uma fonte diplomática do Conselho
de Segurança da ONU, citada pelo jornal, disse que o próprio secretário de
Estado americano, John Kerry, informou "países árabes específicos"
sobre esta opção. Esse suposto acordo aborda o futuro do presidente sírio e sua
saída a um terceiro país em "uma fase determinada", segundo a fonte
não identificada do "Al-Hayat", cujo capital vem da Arábia Saudita,
país que apoia A oposição síria e rejeita permanência de Assad no poder. Segundo o jornal, esta iniciativa é conhecida
nos círculos diplomáticos, mas que ainda não há um calendário para seu
cumprimento pelo contexto do processo político, e nem se sabe o possível país
de destino do presidente sírio. Em novembro, antes do início das negociações
entre os sírios, cerca de 20 países com interesses e influência nos lados
enfrentados na Síria, entre eles Arábia Saudita, EUA e Rússia, decidiram que o
poder deve ser transferido a um órgão de governo transitório. No entanto, Assad
expressou ontem sua recusa a um "órgão executivo de transição" e
mostrou sua preferência por um "governo de união nacional" que inclua
"diversas forças políticas sírias: opositores, independentes, membros do
atual governo e outros". A Comissão Suprema para as Negociações (CSN),
principal aliança opositora síria, rejeitou essa opção, argumentando que Assad
não pode ter nenhum papel na transição. O governo americano também insistiu que
a presença de Assad nessas circunstâncias é "inviável". Espera-se que
as conversas indiretas entre as autoridades sírias e a CSN em Genebra sejam
retomadas em abril. O conflito sírio, que entrou já em seu quinto ano, causou
mais de 270 mil mortos e mais de 4,5 milhões de refugiados.
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