16.4.2016 - Um cientista nos explica que a substância
mais tóxica do mundo não é nenhum exótico gás asfixiante nem o veneno destilado
por algum animal. E o mais estranho é
que as pessoas pagam para injetar essa substância em seus corpos. Em um artigo para o The Conversation, Simon Cotton da Universidade de Birmingham
diz: “Os cientistas divergem sobre os efeitos tóxicos das substâncias, mas eles
parecem concordar que a toxina botulínica, produzida por bactérias anaeróbias,
é a substância mais tóxica que se conhece.”
“Um nanograma por quilograma é suficiente para matar um ser humano.” “O primeiro caso de intoxicação alimentar
(botulismo), causado por essa substância, ocorreu no final do século 18, na
Alemanha”. As pessoas foram afetadas pela toxina depois de comerem salsichas
preparadas sem as devidas condições de higiene. “Existem vários tipos de toxina botulínica,
sendo o tipo A o mais potente. São os polipeptídios, compostos por mais de
1.000 moléculas de aminoácidos, que causam paralisia muscular, já que bloqueiam
a liberação das mensagens enviadas pelas moléculas de acetilcolina (um
neurotransmissor) aos músculos”. “Essa
mesma propriedade paralisante é fundamental para o uso clínico da toxina
botulínica em cosméticos à base de Botox. Injeções com doses mínimas dessa
toxina, em áreas específicas do rosto, relaxam e interrompem o movimento
muscular, evitando a aparição das rugas.”
“Mas a toxina botulínica também pode ser utilizada com fins
terapêuticos. Sua aplicação no músculo ocular provoca uma paralisia temporária
e ajuda a corrigir desvios que, sem um tratamento adequado, poderiam causar
estrabismo”. “Em última análise, estamos rodeados por substâncias
potencialmente perigosas — é a dose que faz com que elas sejam mortais.”
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