terça-feira, 18 de outubro de 2016

Morreu o "Motorola"

17/10/2016 - Um dos rostos mais conhecidos da Guerra no Leste da Ucrânia morreu vítima de um atentado à bomba em Donetsk, bastião dos rebeldes pró-russos. Segundo uma agência de notícias local, pró-separatista, Arsen 'Motorola' Pavlov tinha 33 anos.  Este comandante da forças pró-russas que certo dia admitiu, durante uma entrevista, ter abatido 15 prisioneiros de guerra, morreu quando uma bomba colocada num elevador do bloco de apartamento onde vivia atualmente explodiu. Antes de cruzar a fronteira, em 2014, e alistar-se nas forças rebeldes apoiadas pela Rússia que almejam a constituição das duas autoproclamadas repúblicas (separatistas) de Lugansk e Donetsk, o homem que tinha como nome de guerra ‘Motorola’ trabalhava numa estação de serviço. Segundo o porta-voz do ministro da Defesa da autoproclamada república popular de Donetsk, Denis Pushilin, a morte de Pavlov está a ser investigada como “um atentado terrorista levado a cabo por forças especiais ucranianas”. Visto como um herói na autoproclamada república popular de Donetsk, onde casou a 11 de julho de 2014 com com Elena Kolenkina, há muito que Kiev pretendia julgá-lo por crimes de guerra. O conflito no leste da Ucrânia, desencadeado em abril de 2014, já provocou mais de 9500 mortos e dezenas de milhares de deslocados e refugiados.


Detalhes: A vida familiar do militante é controversa, uma vez que ele foi acusado de bigamia. Em junho 2014, ele disse que tinha uma esposa e um filho de 5 anos de idade, na Rússia. Isso não o impediu de se casar com uma residente de Sloviansk em julho, embora não haja evidência de que ele se divorciaram com a primeira esposa.    A morte em 16 de outubro de Arseniy Pavlov, provocou temores de uma escalada na guerra no leste da Ucrânia. Se o Motorola pode ser morto a poucos metros da sua própria casa, então certamente ninguém está a salvo. A reação natural dos líderes apoiados pelos russos, nesses casos, tem sido a de fazer ameaças bombásticas em direção a Ucrânia. Mas a freqüência de ataques contra a vida dos guerreiros proeminentes Kremlin sugere que seria melhor passar o tempo cuidando de sua própria segurança - e ter certeza que eles ficam útil para Moscou.

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