terça-feira, 22 de agosto de 2017

Rússia planeja exercícios militares conjuntos com países da Ásia Central

 O exército russo disse que conduzirá manobras militares conjuntas com países da Ásia Central em resposta a ameaças regionais decorrentes da guerra no Afeganistão.  O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse em uma reunião com o principal soldado militar da Rússia em Moscou, em 18 de agosto de 2017, de que o conflito entre as forças do governo afegão e os talibãs representa uma ameaça para a estabilidade da Ásia Central.


MOSCOU, 15 Ago 2007 (AFP) - Os dirigentes da China, Rússia e da Ásia Central se reúnem nesta quinta-feira na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), em Bishekek (Quirguistão), com o objetivo fazer frente à influência dos Estados Unidos na região, e depois acompanharão exercícios militares conjuntos no território russo.
Os presidentes da China, Hu Jintao, e da Rússia, Vladimir Putin, se unirão com os líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, para o encontro anual da OCS, uma entidade criada em 2001 para combater o terrorismo e o separatismo.
Segundo o embaixador da china em Moscou, Liu Guchang, serão abordadas questões de "boa vizinhança, amizade e de cooperação".
Também se espera a presença do presidente do Turcomenistão, país conhecido por seus recursos de gás e que não faz parte da OCS.
Os seis países membros negam terem formado uma aliança uma aliança antiocidental, ainda que muitos analistas considerem que a OCS foi criada para exercer um contrapeso à expansão norte-americana na região.
Apesar da Organização dispor de poucos recursos financeiros, na semana passada realizou manobras militares consideráveis na China e pensa em repetir o ato nos Urais russos, na sexta-feira, diante dos líderes da OCS.
É a primeira vez que todos os países da OCS participam destes exercícios denominados "Missão de Paz 2007", para os quais foram mobilizados cerca de 6.500 soldados, na maioria russos e chineses, e 36 aviões militares.
Segundo fontes militares citadas no jornal Kommersant, estas manobras antiterroristas usam como cenário a violenta repressão da rebelião anti-governamental de 2005 em Andijon (Uzbequistão).
Os críticos da OCS descrevem essa organização como um clube que vê pouca diferença entre terrorismo e repressão á distúrbios populares.
Vários especialistas estão convencidos de que o objetivo da OCS é fazer frente à influência crescente dos Estados Unidos e da Aliança Atlântica na Ásia Central, desde os atentados de 11 de setembro.
"Em grande parte é uma vontade de criar uma alternativa aos planos norte-americanos de dominação", analisa o professor de ciências políticas Alexandre Kniazev.
O Pentágono se viu obrigado a retirar sua base militar do Uzbequistão, em 2005, após ter criticado a repressão em Andijon.
O Quirguistão, por sua parte, pressiona os Estados Unidos para que aumente a cota que paga por ter uma base militar em seu território, enquanto a Rússia espera aumentar seus efetivos estabelecidos no Quirguistão.
Em contrapartida, os partidários da OCS confiam que a entidade pode ajudar a manter a estabilidade nesta região estratégica.

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